Aumento das taxas de juros: Embora as taxas de juros tenham sido historicamente baixas nos últimos anos, o Banco Central Europeu (BCE) começou a aumentar as taxas de referência em resposta à inflação crescente na Zona Euro. O aumento das taxas de juros encarece o crédito imobiliário, reduzindo a capacidade de compra dos consumidores. Com menos pessoas comprando, a demanda pode diminuir, o que, em algumas áreas, pode resultar na estabilização ou queda dos preços dos imóveis.

Desaceleração econômica global: Caso a economia global enfrente uma desaceleração, isso pode afetar o mercado imobiliário português. Uma recessão econômica pode impactar a renda das famílias, reduzindo o poder de compra e levando à diminuição da demanda por imóveis. A desaceleração também pode inibir o fluxo de investidores estrangeiros, que têm sido um motor importante para o crescimento do mercado em cidades como Lisboa e Porto.

Políticas de regulação habitacional: O governo português tem implementado políticas voltadas para regular o mercado imobiliário, especialmente em relação ao controle de preços e incentivos para a habitação acessível. Medidas mais rígidas para controlar o aumento dos preços, como restrições a programas como o Visto Gold em grandes cidades e regulações mais severas no mercado de arrendamento de curto prazo, podem contribuir para a estabilização ou redução dos preços, sobretudo em áreas urbanas supervalorizadas.

Excesso de oferta em determinadas áreas: Em algumas regiões de Portugal, há uma grande oferta de novos empreendimentos, especialmente em áreas turísticas e urbanas. Se a oferta superar a demanda, especialmente em um cenário de retração econômica, os preços poderão ser ajustados para baixo.

Alta demanda por imóveis residenciais: A procura por imóveis em Portugal, tanto para compra como para arrendamento, continua alta, especialmente nas grandes cidades e regiões turísticas. Mesmo com o aumento das taxas de juros, há uma demanda significativa, tanto por parte de investidores estrangeiros quanto de compradores locais.

Escassez de oferta em áreas centrais: Em áreas altamente urbanizadas, como os centros de Lisboa e Porto, a oferta de imóveis pode continuar limitada, o que sustenta os preços em níveis elevados. Além disso, a pressão por moradia de qualidade e bem localizada em regiões com boa infraestrutura pode manter os valores estáveis ou até em crescimento.

Investimento estrangeiro contínuo: Embora o aumento das taxas de juros possa impactar o mercado de crédito, investidores estrangeiros, especialmente os que compram imóveis à vista, podem continuar a injetar capital no mercado imobiliário português. Portugal continua a ser um destino atrativo para expatriados e investidores por conta de sua estabilidade, qualidade de vida e políticas fiscais atrativas, como o regime de Residente Não Habitual (RNH).