Negócios Imobiliários em 2025

Para 2025, espera-se que o mercado imobiliário continue a ser influenciado por taxas de juros flutuantes, o que pode afetar a acessibilidade de compra e financiamento. Além disso, a demanda por imóveis sustentáveis e tecnológicos deverá crescer, à medida que consumidores buscam eficiência energética e conectividade. Políticas governamentais focadas em habitação acessível poderão moldar o setor, enquanto a urbanização e o aumento do trabalho remoto podem levar a uma reestruturação nas preferências por localização e tipos de imóveis. A combinação destes fatores deverá resultar em um mercado dinâmico e adaptável às novas realidades econômicas e sociais.

Quais as principais tendências e fatores que devem moldar o mercado imobiliário em 2025?

Valorização Contínua em Áreas Estratégicas

Em 2025, a valorização de imóveis em áreas estratégicas como Lisboa, Porto e o Algarve, em Portugal, deve se manter robusta, impulsionada pela combinação de fatores como a crescente demanda por propriedades em grandes centros urbanos, o potencial turístico e os significativos investimentos em infraestrutura. Com a recuperação econômica e a percepção de segurança e qualidade de vida nessas regiões, investidores tanto locais quanto internacionais continuarão a ver essas áreas como oportunidades atrativas, favorecendo um mercado imobiliário dinâmico e resiliente.

A superação da oferta pela demanda em áreas como Lisboa, Porto e o Algarve resulta em um cenário competitivo, onde os preços dos imóveis tendem a subir, refletindo a atratividade crescente dessas regiões. Esse descompasso é impulsionado por fatores como um influxo de turistas, a busca por residências em locais com maior qualidade de vida e o aumento dos investimentos em infraestrutura, criando uma pressão adicional sobre o mercado. Assim, os investidores devem estar atentos a essa dinâmica, pois pode representar tanto oportunidades quanto desafios em termos de acessibilidade e potencial de retorno.

Os aumentos moderados nos preços em zonas consolidadas e desenvolvidas refletem um equilíbrio entre a demanda robusta e a capacidade de oferta, proporcionando um ambiente saudável para o mercado imobiliário. Essas áreas, com infraestrutura estabelecida e apelo atraente, devem experimentar valorização gradual, o que é positivo tanto para investidores quanto para proprietários. Esse crescimento constante minimiza a volatilidade, garantindo a confiança dos compradores e a sustentabilidade do mercado a longo prazo.

Áreas estratégicas com potencial de valorização, com foco em Portugal e tendências globais:

1. Grandes Centros Urbanos

Cidades maiores continuam atraindo valorização devido à alta demanda e oferta limitada de imóveis.

Portugal

  • Lisboa: A capital portuguesa é o principal destino para investimentos imobiliários. Áreas como o Chiado, Príncipe Real, Avenida da Liberdade e Parque das Nações têm valorização constante devido à localização central, proximidade de serviços e infraestrutura de transporte.
  • Porto: O centro histórico e regiões como Foz do Douro e Boavista permanecem como pontos fortes de investimento, tanto para residências quanto para empreendimentos turísticos.

Outros Países

  • Londres, Reino Unido: Áreas como Canary Wharf e bairros emergentes continuam atraindo investidores devido ao dinamismo econômico.
  • Nova York, EUA: Distritos como Manhattan e Brooklyn são apostas seguras para valorização.

2. Regiões Turísticas

Áreas com apelo turístico têm alta procura por arrendamento de curto prazo e segunda residência.

Portugal

  • Algarve: Vilamoura, Lagos e Albufeira são destaques por sua popularidade entre turistas internacionais, especialmente aposentados e investidores estrangeiros.
  • Madeira e Açores: A procura por refúgios tranquilos e sustentáveis tem aumentado, colocando essas ilhas no radar de investidores.

Outros Países

  • Costa del Sol, Espanha: Marbella e Málaga atraem investidores de luxo.
  • Ilhas Baleares, Espanha: Valorização contínua devido à exclusividade e turismo.

3. Áreas em Expansão ou Desenvolvimento Urbano

Regiões próximas a grandes projetos de infraestrutura ou com incentivos governamentais apresentam alta valorização.

Portugal

  • Oeiras (Grande Lisboa): O Parque Tecnológico de Taguspark e a proximidade com Lisboa tornam Oeiras um polo emergente de inovação e habitação de alto padrão.
  • Setúbal e Tróia: Melhoria de infraestrutura e proximidade com Lisboa atraem investidores que buscam custo-benefício.
  • Braga e Guimarães: A combinação de desenvolvimento urbano, universidades e preços mais baixos em relação a Lisboa e Porto cria oportunidades.

Outros Países

  • Dubai, Emirados Árabes: Áreas próximas à Expo City e projetos como Palm Jumeirah continuam se valorizando.
  • São Paulo, Brasil: Bairros como Vila Olímpia e Itaim Bibi apresentam crescimento devido à infraestrutura e oportunidades corporativas.

4. Áreas Próximas a Infraestruturas

Localizações próximas a novas linhas de transporte público, aeroportos e rodovias tendem a ter valorização.

Portugal

  • Linha Ferroviária de Alta Velocidade (Lisboa-Porto): Áreas ao longo do trajeto terão maior acessibilidade e potencial de desenvolvimento.
  • Proximidades do Aeroporto de Lisboa: Regiões próximas a aeroportos ou futuras expansões (como Montijo) são estratégicas para valorização.

5. Mercados Emergentes

Regiões menos conhecidas, mas com alto potencial de crescimento, estão ganhando atenção.

Portugal

  • Aveiro: Conhecida como "Veneza Portuguesa," a cidade combina charme histórico e modernidade, com crescimento de universidades e tecnologia.
  • Évora: Localização estratégica no Alentejo, combinando turismo, sustentabilidade e investimentos rurais.

Outros Países

  • Cracóvia, Polônia: Crescimento econômico e turismo histórico.
  • Valência, Espanha: Um mercado emergente na costa espanhola, com preços acessíveis em comparação a Barcelona.

6. Áreas de Reabilitação Urbana

Bairros antigos que estão sendo renovados apresentam grande potencial de valorização.

Portugal

  • Marvila e Beato (Lisboa): Áreas industriais que estão se transformando em polos de inovação e cultura.
  • Bonfim (Porto): Um dos bairros emergentes da cidade, com crescente popularidade entre jovens e investidores.

Outros Países

  • Berlim, Alemanha: Áreas anteriormente subvalorizadas, como Neukölln, estão se revitalizando rapidamente.


As áreas estratégicas em Portugal, abrangendo centros urbanos, destinos turísticos e regiões em desenvolvimento, realmente se destacam como promissoras para valorização imobiliária. O país apresenta oportunidades notáveis, especialmente em grandes cidades como Lisboa e Porto, além de regiões emergentes onde investimentos em infraestrutura e melhorias urbanas estão em andamento. Para os investidores, a chave para maximizar retornos é monitorar atentamente esses projetos de infraestrutura e as dinâmicas demográficas, pois são fatores cruciais que influenciam o potencial de crescimento e a atratividade de diferentes localidades.

Impacto das Taxas de Juros

Em 2025, a variação das taxas de juros definidas pelos bancos centrais será um fator determinante para o custo do crédito imobiliário, impactando diretamente tanto a acessibilidade para novos compradores quanto as decisões de investimento. A tendência de aumento ou diminuição das taxas influenciará a demanda no mercado imobiliário, podendo desacelerar ou acelerar a valorização dos imóveis, dependendo das condições econômicas globais e da confiança dos consumidores. Portanto, acompanhar as políticas monetárias e suas implicações para o mercado imobiliário será essencial para todos os stakeholders do setor.

Um cenário positivo, com a estabilização ou diminuição das taxas de juros, provavelmente resultará em maior acessibilidade aos financiamentos, estimulando novas aquisições imobiliárias. Com custos de crédito mais baixos, compradores potenciais podem sentir-se mais confiantes em investir, o que pode resultar em uma recuperação do mercado e um aumento na demanda por imóveis. Essa dinâmica, ao mesmo tempo, pode beneficiar desenvolvedores e investidores, impulsionando a valorização dos imóveis e revitalizando o setor imobiliário como um todo.

Em um cenario negativo, se as taxas de juros permanecerem elevadas, a capacidade de compra dos consumidores será severamente limitada, o que pode resultar em uma diminuição na demanda por imóveis. Essa restrição pode levar a correções de preços em alguns mercados, uma vez que proprietários e construtores podem ser forçados a ajustar os valores para atrair compradores. Assim, o cenário se torna desfavorável, com uma possível estagnação do crescimento no setor imobiliário, aumentando o risco de queda nos investimentos e na confiança do consumidor.

Principais Impactos das Taxas de Juros no Mercado Imobiliário em Portugal para 2025

Tipos de taxas de juros que podem impactar áreas estratégicas no mercado imobiliário

1. Taxa de Juro de Crédito Imobiliário
Quando a taxa de juros está baixa, os financiamentos se tornam mais acessíveis, o que incentiva os compradores a investirem em imóveis, resultando em um aumento na demanda. Essa Dinâmica pode levar a um aquecimento do mercado imobiliário, com um crescimento no número de transações e, potencialmente, uma valorização dos preços dos imóveis. Por outro lado, taxas de juros elevadas podem ter o efeito oposto, limitando a capacidade de compra e forçando os preços a se ajustarem à nova realidade de mercado.
Exemplo em Portugal: A Euribor, principal índice de referência para os contratos de crédito imobiliário em Portugal, está sujeita a flutuações. Em períodos de alta (como acima de 4%), o custo mensal de hipotecas aumenta, reduzindo a capacidade de compra.
Impacto em áreas estratégicas: Alta da Euribor pode levar a uma desaceleração na demanda por imóveis de alto valor em Lisboa ou Porto, enquanto áreas emergentes (como Braga e Setúbal) podem se tornar mais atrativas devido a preços iniciais mais baixos.
2. Taxa de Juro do Banco Central
As taxas definidas pelos bancos centrais, como o Banco Central Europeu (BCE), são fundamentais para determinar o custo do crédito. Uma redução na taxa básica de juros tende a baixar o custo dos financiamentos.
Exemplo em Portugal:
A taxa de referência do BCE aumentou em 2022-2023 para conter a inflação. Se houver uma diminuição em 2025, isso poderá:Aumentar a procura em mercados valorizados como Lisboa e Algarve.
Incentivar investidores estrangeiros que financiam parte de seus imóveis.
3. Taxas para Investidores e Empresas
Investidores que financiam imóveis comerciais, turísticos ou residenciais também são impactados pelas taxas de juros.
Exemplo Global:Um aumento nas taxas comerciais pode desacelerar o mercado de empreendimentos turísticos no Algarve ou no centro histórico do Porto, pois o custo de financiar novos projetos aumenta.
4. Taxas de Juros Variáveis vs. Fixas
Consumidores podem optar entre taxas de juro fixas (que permanecem as mesmas durante o contrato) ou variáveis (que flutuam com o mercado).
Exemplo em Portugal:Durante períodos de alta da Euribor, compradores podem preferir contratos com taxas fixas para evitar aumentos nas parcelas. Isso pode levar a mudanças no perfil de compradores e investimentos em áreas mais acessíveis.
5. Taxas de Juros Internacionais
Investidores estrangeiros que compram imóveis em Portugal são influenciados pelas taxas de juros nos seus próprios países.
Exemplo:Um americano que utiliza financiamentos nos EUA para investir em Lisboa estará atento às taxas de juro do Federal Reserve (Fed). Se essas taxas aumentarem, o custo de financiar imóveis em Portugal se torna menos atrativo.
Para britânicos, as taxas do Banco da Inglaterra impactam o investimento em regiões turísticas como Algarve.
6. Taxas de Financiamento para Construção
Empreendedores imobiliários dependem de financiamentos para viabilizar novos projetos. Altas taxas de juros podem limitar lançamentos de novos empreendimentos.
Exemplo em Portugal:Um aumento nas taxas de financiamento pode desacelerar projetos de construção em Oeiras ou Marvila, onde o mercado ainda está em expansão.
Resumo dos Impactos
Altas taxas de juros
: Reduzem a acessibilidade ao crédito, podendo desacelerar mercados premium como Lisboa e Porto.
Baixas taxas de juros: Incentivam a compra, aumentando a demanda e a valorização de áreas estratégicas.
Taxas internacionais: Impactam diretamente investidores estrangeiros, com destaque para o mercado turístico e de luxo.
Ao analisar o impacto das taxas de juros, é crucial levar em conta tanto o contexto econômico global quanto o local, além das políticas adotadas pelos bancos centrais, que influenciam diretamente o custo do crédito. Fatores como inflação, crescimento econômico, estabilidade política e as decisões dos bancos centrais em relação à taxa básica de juros podem afetar a confiança do consumidor e o acesso ao financiamento. Este quadro multifacetado pode determinar a dinâmica do mercado imobiliário e seu aquecimento ou esfriamento, tornando a compreensão desses elementos fundamental para uma previsão precisa sobre o setor

Avanço da Sustentabilidade e Construção Verde

A sustentabilidade deverá ser um tema central no mercado imobiliário, impulsionado tanto por regulamentações governamentais mais rigorosas quanto pela crescente demanda dos consumidores por construções ecoeficientes. Os compradores estão cada vez mais conscientes do impacto ambiental e buscam propriedades que não apenas minimizem a pegada de carbono, mas que também ofereçam eficiência energética e sustentabilidade a longo prazo. Isso pode levar a inovações nas práticas de construção e a um aumento na valorização de imóveis que atendam a esses critérios, transformando a maneira como o setor opera e investe em novas tecnologias e abordagens sustentáveis.

A crescente conscientização sobre o meio ambiente está levando a uma forte tendência no mercado imobiliário voltada para o uso de materiais sustentáveis e tecnologias que promovam a eficiência energética. Materiais como madeira de reflorestamento, tijolos ecológicos e revestimentos recicláveis estão se tornando mais comuns, enquanto tecnologias como painéis solares, sistemas de aquecimento e resfriamento eficientes, e soluções de automação residencial estão sendo adotadas para reduzir o consumo de energia e os custos operacionais. Essa ênfase em sustentabilidade não apenas atende às demandas dos consumidores, mas também contribui para a criação de ambientes urbanos mais saudáveis e resilientes.

As certificações verdes, como LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) e BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method), estão se tornando um importante diferencial na valorização de imóveis, pois atestam que uma construção atende a rigorosos critérios de sustentabilidade e eficiência ambiental. Propriedades que obtêm essas certificações geralmente atraem compradores que valorizam não apenas a qualidade do espaço, mas também seu impacto ambiental positivo. Além de possibilitar economias em custos operacionais, imóveis certificados tendem a ter maior procura e, consequentemente, podem alcançar preços mais altos no mercado, refletindo o crescente valor atribuído à sustentabilidade por parte de consumidores e investidores.

Imóveis sustentáveis oferecem uma série de benefícios que os tornam atraentes tanto para compradores quanto para investidores conscientes. Além de satisfazer a demanda crescente por soluções ecológicas, esses imóveis promovem a eficiência energética, reduzindo significativamente os custos operacionais a longo prazo, como contas de energia e manutenção. Essa abordagem não só contribui para a preservação ambiental, mas também gera economia financeira, tornando a compra ou o investimento em tais propriedades uma decisão estratégica e vantajosa. Com consumidores cada vez mais conscientes sobre suas escolhas, propriedades sustentáveis têm se destacado no mercado imobiliário, aumentando seu valor e a possibilidade de valorização futura.

Digitalização do Setor

A transformação digital no mercado imobiliário deve se consolidar ainda mais em 2025, com o uso de tecnologias para facilitar transações, gestão e marketing imobiliário.

Exemplos:

  • Plataformas de realidade aumentada (RA) e realidade virtual (RV) Oferecem uma inovação significativa no setor imobiliário, permitindo que potenciais compradores e investidores realizem visitas remotas a imóveis de forma imersiva e interativa. Essas tecnologias permitem visualizar e explorar os espaços em 3D, proporcionando uma experiência que simula uma visita física, com a possibilidade de interagir com detalhes do ambiente, como móveis e acabamentos. Além de economizar tempo e recursos, as visitas virtuais expandem o alcance do mercado, permitindo que compradores de diferentes localidades considerem imóveis sem a necessidade de deslocamento. Com a crescente aceitação dessas tecnologias, a experiência de compra imobiliária se torna mais acessível e atraente, destacando-se como uma ferramenta valiosa para corretores e desenvolvedores.
  • A utilização de contratos digitais e tecnologia blockchain Revolucionou a segurança nas transações imobiliárias, proporcionando um ambiente mais transparente e confiável. Os contratos digitais, que são acessíveis online e podem ser assinados eletronicamente, eliminam a necessidade de papéis físicos e reduzem os riscos de fraudes e erros. Por sua vez, a blockchain oferece um registro imutável e descentralizado das transações, garantindo que todas as partes envolvidas tenham acesso a um histórico verificado no qual não há espaço para manipulação. Juntas, essas tecnologias não apenas aumentam a eficiência e aceleração dos processos, mas também oferecem maior proteção legal e confiança aos compradores e vendedores, redefinindo assim as normas do setor imobiliário.
  • A integração de Big Data e Inteligência Artificial (IA) Está transformando a análise de tendências de mercado e a personalização de ofertas no setor imobiliário. O Big Data permite coletar e analisar vastas quantidades de informações sobre comportamento do consumidor, preços de imóveis, demografia e até clima, enquanto a IA aplica algoritmos avançados para identificar padrões e prever movimentos do mercado. Essa combinação possibilita que corretores e desenvolvedores identifiquem oportunidades emergentes e ajustem suas estratégias de forma dinâmica. Além disso, a personalização das ofertas se torna mais eficaz, com recomendações direcionadas que atendem às preferências e necessidades específicas de cada cliente, o que potencializa as chances de vendas e melhora a experiência do usuário no processo de compra e venda de imóveis.

Crescimento do Mercado de Arrendamento

A expectativa é que a demanda por imóveis para arrendamento mantenha-se elevada em 2025, impulsionada por uma combinação de fatores econômicos e mudanças nos estilos de vida. A instabilidade econômica e a crescente dificuldade de acesso à propriedade, juntamente com a flexibilidade que o arrendamento oferece, têm atraído cada vez mais pessoas, especialmente jovens profissionais e famílias que buscam soluções habitacionais mais acessíveis. Além disso, o aumento do trabalho remoto tem levado muitos a optar por locações em locais com melhor qualidade de vida, ao invés de compromissos de longo prazo com a compra de imóveis. Essa tendência reflete uma busca por maior flexibilidade e adaptabilidade, fazendo do arrendamento uma opção cada vez mais popular.

1. Mudanças nos Estilos de Vida

Jovens e Nômades Digitais

  • Preferência pela Flexibilidade: um fator determinante para jovens adultos e profissionais que buscam mobilidade no trabalho, levando-os a optar por arrendar imóveis em vez de comprar. Essa escolha é especialmente evidente em centros urbanos e áreas turísticas, onde a dinâmica de trabalho remoto e a necessidade de se adaptar a mudanças rápidas tornam a locação uma solução mais viável. Além de evitar os altos custos e as complicações do financiamento, o arrendamento permite que esses indivíduos explorem diferentes locais e experiências, alinhando-se com um estilo de vida mais dinâmico e conectado. Essa tendência reflete uma alteração significativa nas prioridades habitacionais, focando em agilidade e versatilidade.
  • Aumento do Trabalho Remoto: Tem impulsionado a demanda por arrendamentos de curto e médio prazo, especialmente entre nômades digitais que valorizam a liberdade de se mudar para diferentes regiões. Essa flexibilidade permite que eles ajustem seus ambientes de trabalho e estilo de vida conforme suas preferências e necessidades, promovendo uma mobilidade que era menos acessível em regimes de trabalho tradicionais. Como resultado, o mercado de arrendamento está se expandindo para atender a essa demanda, oferecendo opções que vão desde estúdios em áreas urbanas até acomodações temporárias em locais turísticos, refletindo a mudança nas expectativas e no comportamento habitacional dessa nova geração de profissionais.

Cultura de Vida Temporária

  • Em muitos países, especialmente na Europa, onde a compra de imóveis está sendo cada vez mais substituída pela preferência por arrendamento, principalmente entre os jovens. Essa mudança reflete um valor crescente por experiências e flexibilidade em vez de compromissos financeiros de longo prazo. Os jovens buscam estilos de vida que lhes permitam viajar, explorar novas oportunidades e adaptar-se rapidamente às mudanças de carreira e ambiente, tornando o arrendamento uma escolha mais alinhada com suas aspirações. Assim, as opções de moradia temporária estão se diversificando, criando um mercado que atende a essa nova perspectiva sobre habitação e mobilidade.

2. Dificuldade de Acesso ao Crédito Imobiliário

  • Altas Taxas de Juros: Com o aumento das taxas de juros, os financiamentos habitacionais se tornam menos acessíveis, levando muitos consumidores a buscar alternativas no mercado de arrendamento. Essa mudança ocorre porque as taxas elevadas encarecem as parcelas mensais e aumentam o custo total dos imóveis, tornando a compra menos viável, especialmente para aqueles com orçamentos mais restritos. Como resultado, o arrendamento ganha popularidade como uma opção mais acessível e flexível, permitindo que os indivíduos e famílias mantenham um padrão de vida adequado sem o ônus de compromissos financeiros a longo prazo. Essa tendência pode provocar um fortalecimento do setor de locação, alterando a dinâmica do mercado imobiliário em diversas regiões.
  • Requisitos Mais Rigorosos: Bancos exigem maiores entradas e comprovação de renda consistente, o que pode excluir parte da população do mercado de compra, levando-os ao aluguel.

3. Urbanização e Crescimento das Cidades

  • Migração para Centros Urbanos: Impulsionada pelo aumento da população em cidades grandes e médias, resulta em uma demanda acentuada por imóveis para arrendamento. Essa tendência é particularmente visível entre trabalhadores recém-chegados em busca de oportunidades de emprego e estudantes que buscam proximidade com instituições de ensino. A urbanização rápida cria uma pressão significativa sobre o mercado de locação, levando à escassez de moradias acessíveis e ao aumento dos preços. Assim, o arrendamento se torna uma solução viável para aqueles que desejam se estabelecer nas cidades em rápida transformação, refletindo a necessidade de flexibilidade e adaptação em um ambiente urbano em constante evolução.
  • Escassez de Imóveis em Áreas Estratégicas: Em regiões onde a oferta de imóveis para compra é limitada, o arrendamento se torna a opção mais viável.

4. Aumento do Custo de Vida

  • Preço Elevado de Imóveis: O aumento contínuo dos preços de compra de imóveis torna o arrendamento uma solução mais acessível para muitas pessoas, especialmente em mercados como Lisboa, Porto e outras grandes cidades europeias.
  • Despesas Relacionadas à Propriedade: Custos com impostos, manutenção e seguros podem desincentivar a compra de imóveis e aumentar a preferência pelo aluguel.

5. Políticas Governamentais e Incentivos

  • Iniciativas para Aluguel Acessível: Governos têm adotado diversas iniciativas para promover o aluguel acessível, reconhecendo a importância de garantir moradia digna em meio à crescente demanda. Programas de subsídios financeiros, que auxiliam locatários com dificuldades, são uma estratégia comum, além das regulamentações de controle de preços que visam estabilizar o mercado em áreas com alta pressão de demanda. Essas políticas não apenas buscam mitigar o impacto da urbanização e das altas taxas de juros, mas também promover a equidade no acesso à habitação, ajudando a evitar a exclusão social nas cidades e a assegurar que famílias de diferentes perfis possam encontrar moradia adequada e sustentada.
  • Mudanças em Leis Habitacionais: Em alguns países, leis que protegem inquilinos tornam o arrendamento mais atraente, como contratos de longa duração e limites para reajustes.

6. Turismo e Aluguel de Curta Duração

  • Expansão do Turismo: A expansão do turismo em regiões como o Algarve e a Madeira e até mesmo em outras zonas mais visdas por turistas em Portugal tem levado a um aumento significativo na demanda por imóveis de arrendamento de curta duração, especialmente via plataformas como Airbnb. Essa tendência não só beneficia proprietários que buscam rentabilizar suas propriedades, mas também impulsiona a economia local ao atrair visitantes e gerar empregos no setor de serviços. No entanto, essa crescente procura também levanta preocupações sobre a acessibilidade habitacional para os moradores locais, já que a conversão de imóveis residenciais em propriedades voltadas para o turismo pode reduzir a oferta de moradias permanentes e elevar os preços, exigindo um equilíbrio entre desenvolvimento turístico e a preservação das comunidades locais.
  • Investimento em Segunda Residência: Proprietários investem em imóveis para renda passiva com o aluguel para turistas e visitantes.

7. Crescimento da População Idosa

  • Busca por Simplicidade: Com o crescimento da população idosa, muitos optam por simplificar suas vidas e reduzir espaços, buscando evitar as responsabilidades associadas à manutenção de uma propriedade. Essa tendência tem levado a um aumento na procura por arrendamentos, onde oferecem a flexibilidade e a liberdade necessárias para uma vida mais prática. Os idosos frequentemente preferem opções de habitação que proporcionem comodidades e serviços acessíveis, como segurança e assistência, permitindo que mantenham sua independência enquanto desfrutam de um ambiente mais gerenciável e adequado às suas novas necessidades. Essa mudança não apenas impacta o mercado imobiliário, mas também demanda adaptações nas políticas habitacionais para atender a essa crescente demanda por arrendamentos voltados a essa faixa etária.
  • Mudanças Demográficas: Em regiões onde há crescimento na população idosa, aumenta a demanda por imóveis de aluguel adaptados às suas necessidades.

8. Interesse de Investidores

  • Rendimento Consistente: O mercado de arrendamento oferece um fluxo de renda contínuo, tornando-o atraente para investidores.
  • Valorização do Imóvel: Imóveis arrendados em áreas estratégicas oferecem uma excelente oportunidade de investimento, pois podem gerar dupla vantagem: a renda passiva obtida por meio dos aluguéis e a valorização do capital investido ao longo do tempo. Áreas com boa infraestrutura, acessibilidade e demanda habitacional tendem a atrair inquilinos, garantindo um fluxo constante de receita. Além disso, o valor dos imóveis em regiões valorizadas geralmente aumenta devido ao crescimento populacional e ao desenvolvimento econômico, resultando em um investimento sólido e potencialmente lucrativo para os proprietários. Essa combinação de renda e valorização torna o arrendamento em locais estratégicos uma opção atraente para investidores no mercado imobiliário.

9. Mobilidade Global

  • Migração Internacional: Tem impulsionado principalmente a migração internacional de estudantes, expatriados e trabalhadores estrangeiros, que frequentemente optam por arrendar imóveis devido à natureza temporária de sua estadia em novos países. Essa preferência por locações em vez de compra se deve à flexibilidade que o aluguel oferece, permitindo que esses indivíduos se adaptem rapidamente a novas condições de vida e trabalho sem compromissos financeiros de longo prazo. Além disso, arrendar imóveis em áreas com boa infraestrutura e acesso a serviços facilita a integração e a experiência em um novo ambiente, tornando essa opção uma solução prática e conveniente para aqueles em busca de novas oportunidades no exterior.
  • Golden Visa e Investimento Estrangeiro: Em países como Portugal, o interesse estrangeiro por imóveis também alimenta o mercado de arrendamento.

10. Mudanças no Perfil Econômico das Famílias

  • Rendimentos Instáveis: Famílias com rendimentos instáveis tendem a optar pelo arrendamento, pois essa modalidade oferece maior previsibilidade financeira no curto prazo. Ao escolher alugar um imóvel, essas famílias podem evitar os altos custos e compromissos financeiros associados à compra de uma casa, como prestações de hipoteca e manutenção a longo prazo. O aluguel permite que elas ajustem suas despesas habitacionais de acordo com suas circunstâncias financeiras, proporcionando assim uma maior flexibilidade para enfrentar as oscilações de renda. Essa abordagem oferece tranquilidade em tempos de incerteza econômica, permitindo que as famílias priorizem outras necessidades financeiras sem a pressão de um investimento imobiliário fixo.
  • Maior Composição de Famílias Pequenas: Com a redução do tamanho médio das famílias, há maior procura por imóveis compactos para aluguel.

Principais cidades em Portugal onde mais buscam arrendamento.

  • Lisboa e Porto: São as principais cidades em Portugal onde a procura por arrendamento é mais intensa, impulsionada pela alta concentração de estudantes, expatriados e turistas. Lisboa, como capital do país, atrai um fluxo constante de pessoas em busca de oportunidades acadêmicas e profissionais, resultando em uma demanda significativa por imóveis para alugar. Da mesma forma, o Porto, conhecido por sua rica cultura e dinamismo econômico, tem se tornado um destino popular, reforçando o mercado de arrendamento com a necessidade de habitação temporária. A combinação desses fatores faz com que ambas as cidades sejam focos importantes para o setor imobiliário de arrendamento em Portugal.
  • Algarve: A grande procura por arrendamento de curta duração é predominantemente voltada para turistas, devido à sua popularidade como destino de férias. Essa região experimenta alta sazonalidade, com picos de procura nos meses de verão, quando o fluxo de visitantes aumenta significativamente em busca de sol, praias e atrações turísticas. Essa dinâmica faz com que muitos proprietários direcionem seus imóveis para o mercado de arrendamento temporário, o que proporciona uma rentabilidade elevada durante a alta temporada, embora possa apresentar desafios nos meses de menor movimento, exigindo estratégias de gestão adaptativas.
  • Interior do País: Tem-se observado um aumento na busca por arrendamentos de longo prazo, impulsionado por incentivos governamentais e iniciativas privadas voltadas para a revitalização de vilas e cidades menores. Esses esforços visam atrair novos residentes, incluindo jovens e famílias, oferecendo condições atrativas, como subsídios e benefícios fiscais. Como resultado, a busca por habitação nessas áreas tem crescido, contribuindo para a reanimação econômica e social dessas localidades, ao mesmo tempo em que proporciona uma alternativa ao mercado saturado das grandes cidades.

Desafios a Considerar

Embora o crescimento do mercado de arrendamento seja uma tendência global, desafios como limitação da oferta, pressão regulatória e concorrência no aluguel de curta duração podem afetar o equilíbrio do setor.

O mercado de arrendamento está em ascensão devido a uma convergência de fatores sociais, econômicos e culturais. Investidores e gestores imobiliários que compreenderem essas dinâmicas terão maior capacidade de se posicionar estrategicamente para aproveitar as oportunidades nesse setor em constante evolução.

O Papel dos Investidores Estrangeiros

Portugal continua a ser um destino atrativo para investidores estrangeiros, especialmente devido a programas como o Golden Visa, que oferece a possibilidade de obter residência mediante investimento, além de incentivos fiscais que tornaram o país ainda mais sedutor. Apesar de algumas mudanças e ajustes nas políticas de imigração e investimento, a demanda por imóveis e oportunidades de negócios permanece forte, refletindo uma tendência observada em outros países europeus que buscam revitalizar suas economias. Assim, a combinação de um estilo de vida de qualidade, clima ameno e um ambiente regulatório favorável tende a continuar atraindo capitais estrangeiros em busca de oportunidades.

Os principais compradores do mercado imobiliário em Portugal incluem Brasileiros, Americanos e Chineses, que veem o país como uma oportunidade segura e atrativa para investimento. Brasileiros, motivados por laços culturais e a busca por novas oportunidades, tendem a investir tanto em propriedades residenciais quanto comerciais. Americanos, interessados na qualidade de vida e benefícios fiscais, buscam diversificar seus portfólios, enquanto chineses, frequentemente atraídos por programas de visto e a estabilidade econômica, veem em Portugal uma porta de entrada para a Europa. Essa diversidade de investidores contribui para a dinamização do mercado imobiliário e a valorização de imóveis em várias regiões do país.

As áreas de interesse para investimentos em Portugal estão se expandindo para incluir regiões com potencial de crescimento, como o interior do país, que oferece oportunidades atrativas devido a custos mais acessíveis e programas de revitalização. Além disso, empreendimentos focados em reabilitação urbana, especialmente em cidades como Lisboa e Porto, têm atraído investidores, pois combinam a valorização de áreas históricas com a modernização de infraestruturas. Essas iniciativas não apenas promovem o desenvolvimento sustentável, mas também contribuem para a revitalização econômica e social das regiões, tornando-as cada vez mais competitivas no cenário imobiliário.

Desenvolvimento de Regiões Secundárias

Com os preços elevados nos grandes centros urbanos, investidores e compradores estão cada vez mais inclinados a explorar regiões secundárias em Portugal. Essas áreas oferecem melhores custos de aquisição e têm um ótimo potencial de valorização, tornando-se alternativas atraentes para quem busca investimentos mais acessíveis e promissores. Regiões como Alentejo, interior do Algarve e cidades menores ao longo do centro e norte do país estão ganhando atenção, não apenas pela qualidade de vida, mas também pelos incentivos locais para desenvolvimento e reabilitação urbana, proporcionando oportunidades de retorno significativo no longo prazo.

Áreas como Braga, Aveiro e Setúbal em Portugal estão emergindo como polos de interesse para investidores devido ao seu crescimento econômico robusto e significativas melhorias na infraestrutura. Braga, conhecida por sua cultura vibrante e polo tecnológico, apresenta um ambiente propício para novos negócios. Aveiro, com sua charmosa paisagem e forte setor turístico, tem atraído atenção por suas inovações urbanas e acessibilidade. Já Setúbal, que combina belas praias com um setor industrial em expansão, se destaca pela sua localização estratégica e desenvolvimento imobiliário. Essas características fazem dessas cidades opções atraentes para quem busca oportunidades de investimento e valorização no cenário atual.

Habitação Acessível e Políticas Governamentais

Governos ao redor do mundo devem intensificar políticas eficazes para garantir habitação acessível, especialmente em resposta à crescente crise de acessibilidade habitacional que afeta muitos países. Isso inclui a implementação de medidas como a criação de incentivos fiscais para construtoras que desenvolvam projetos de habitação de interesse social, a promoção de parcerias público-privadas para aumentar a oferta de moradias acessíveis e a revisão das regulamentações urbanas que possam dificultar a construção de novas residências. Além disso, é crucial garantir que os programas habitacionais priorizem as necessidades das populações de baixa renda, assegurando que todos tenham acesso a um lar digno e sustentável.

Medidas Esperadas

  • Criação de incentivos fiscais para a construção de imóveis acessíveis, como reduções de imposto sobre a propriedade ou deduções fiscais para construtores que atendam critérios específicos de acessibilidade. Além disso, implementar subsídios diretos para famílias de baixa e média renda e simplificar processos de licenciamento para projetos de habitação social podem facilitar a construção de unidades habitacionais a preços mais acessíveis. Essas ações visam estimular o setor privado a investir em moradias que atendam a necessidade de acessibilidade, contribuindo para a mitigação da crise habitacional em diversas localidades.
  • Programas de subsídios que têm como objetivo facilitar a aquisição de habitações por jovens e famílias de baixa renda. Um exemplo é o programa "Casa Eficiente na Hora", que oferece apoio financeiro para a compra de habitação com condições favoráveis, além de iniciativas direcionadas a jovens, como o "Programa de Arrendamento Acessível", que promove a habitação em regime de arrendamento com rendas ajustadas ao rendimento das famílias. Outro aspecto importante são os subsídios à entrada na habitação, que visam ajudar na formação do capital inicial necessário para a compra de uma casa. Estas medidas são essenciais para facilitar o acesso à habitação digna e sustentável para segmentos da população que enfrentam dificuldades no mercado imobiliário.
  • O controle de preços no mercado de arrendamento, especialmente em áreas de alta densidade, que tem sido um tema de debate ativo e diversas iniciativas foram implementadas para tentar regular os preços e assegurar a acessibilidade habitacional. Uma das principais medidas foi a introdução do regime de "arrendamento acessível", que estabelece limites para o aumento anual das rendas, de acordo com critérios específicos, além da possibilidade de criar contratos de arrendamento de longa duração com rendas fixas. Além disso, algumas cidades implementaram zonas de contenção de renda para proteger os inquilinos de aumentos excessivos em áreas com alta demanda. No entanto, a eficácia dessas medidas ainda é debatida, e muitos defendem que é necessário um equilíbrio entre a proteção dos arrendatários e a viabilidade dos investidores e proprietários.

Expansão de Modelos Flexíveis

A expansão de modelos flexíveis no mercado imobiliário em Portugal reflete a adaptação do setor às novas demandas econômicas, sociais e culturais. Modelos como co-living, build-to-rent (construção para arrendamento), arrendamento de curta duração e empreendimentos de uso misto estão ganhando força devido à preferência por flexibilidade, mobilidade e acessibilidade. Além disso, a reabilitação urbana, imóveis sustentáveis e parcerias público-privadas (PPP) têm incentivado o desenvolvimento de soluções habitacionais que atendem tanto às necessidades dos residentes quanto às dos investidores. Com foco em inovação e sustentabilidade, esses modelos impulsionam a oferta de imóveis em regiões estratégicas e promovem o crescimento do mercado português de forma dinâmica e eficiente. Em um cenario negativo, se as taxas de juros permanecerem elevadas, a capacidade de compra dos consumidores será severamente limitada, o que pode resultar em uma diminuição na demanda por imóveis. Essa restrição pode levar a correções de preços em alguns mercados, uma vez que proprietários e construtores podem ser forçados a ajustar os valores para atrair compradores. Assim, o cenário se torna desfavorável, com uma possível estagnação do crescimento no setor imobiliário, aumentando o risco de queda nos investimentos e na confiança do consumidor.

Principais modelos e estratégias de expansão

1. Co-living

É um conceito de habitação que combina quartos privados com áreas comuns compartilhadas, como cozinhas, salas de estar e espaços de trabalho, promovendo um estilo de vida colaborativo e social. Destinado principalmente a jovens profissionais, estudantes e nômades digitais, esses espaços oferecem flexibilidade e a possibilidade de networking, além de incluir muitas vezes serviços como internet, limpeza e eventos comunitários. O co-living se destaca como uma solução prática e acessível para quem busca habitação em áreas urbanas, respondendo à necessidade crescente por moradias com uma comunidade e ambiente colaborativo, frequentemente em regiões de alta densidade populacional.

O projeto de co-living em Marvila, Lisboa, exemplifica o conceito de Living as a Service (Laas), combinando habitação, coworking e lazer em um ambiente colaborativo. Destinado a jovens profissionais e nômades digitais, oferece quartos privativos e áreas comuns que incentivam a interação social, como salas de estar e cozinhas compartilhadas. Com serviços como limpeza e atividades de lazer, o espaço cria uma comunidade vibrante, facilitando trabalho, relaxamento e socialização, atendendo à demanda por moradia acessível e enriquecendo a experiência urbana.

Exemplo de Projetos de co-living

2. Build-to-Rent (Construção para Arrendamento)

Refere-se a projetos imobiliários planejados e desenvolvidos especificamente para o arrendamento, em vez de serem vendidos como propriedade. Esses empreendimentos costumam incluir uma variedade de unidades residenciais que atendem a diferentes perfis de inquilinos, juntamente com comodidades como academias, áreas comuns e serviços de manutenção. O modelo Build-to-Rent visa atender à crescente demanda por habitação acessível e flexível nas áreas urbanas, proporcionando aos investidores um fluxo de receita estável e a oportunidade de criar comunidades ao redor dos imóveis, além de promover um gerenciamento profissionalizado das propriedades que pode elevar a experiência do inquilino.

  • Foco: Atender à crescente procura por imóveis para arrendamento, especialmente em áreas urbanas.
  • Benefícios:Fluxo de renda estável para investidores. Atração de famílias e indivíduos que preferem alugar a comprar.
Exemplo de Projetos de Build-to-Rent (Construção para Arrendamento)

3. Reabilitação Urbana

Envolve a transformação e modernização de edifícios antigos e áreas urbanas, visando preservar o patrimônio histórico enquanto atende às demandas contemporâneas de habitação, comércio e serviços. Esse processo frequentemente inclui a atualização das infraestruturas, a melhoria da eficiência energética e a adaptação dos espaços para usos modernos, promovendo um ambiente urbano mais atraente e funcional. Além disso, a reabilitação urbana busca revitalizar comunidades, estimular o desenvolvimento econômico local e melhorar a qualidade de vida dos moradores, contribuindo para a sustentabilidade e a resiliência das cidades.

A revitalização dos bairros de Alfama em Lisboa e Cedofeita no Porto busca preservar a herança cultural enquanto moderniza as infraestruturas e serviços disponíveis. Esses projetos visam melhorar a qualidade de vida dos residentes, atraindo novos negócios e turistas, além de incentivar a recuperação de edifícios históricos e a criação de espaços públicos agradáveis. Ao promover a integração entre moradores e visitantes, a revitalização contribui para o fortalecimento da identidade local e dinamiza as comunidades.

Exemplo de Reabilitação Urbana

4. Arrendamento de Curta Duração

  • Refere-se ao aluguel de propriedades por períodos curtos, que podem variar de dias a semanas, e é geralmente voltado para o turismo ou viajantes a negócios. Esse tipo de arrendamento oferece aos hóspedes uma alternativa às acomodações tradicionais, como hotéis, permitindo uma experiência mais personalizada e, frequentemente, com acesso a comodidades completas como cozinhas e salas de estar. Com a popularização de plataformas online, esse modelo se tornou comum em destinos turísticos, onde os proprietários podem maximizar a rentabilidade de suas propriedades ao atender a demanda sazonal, ao mesmo tempo em que os visitantes desfrutam de uma estadia mais confortável e autêntica.
  • Foco: Regiões turísticas como Algarve, Lisboa, Porto e Madeira.
  • Benefícios:Altas margens de lucro em comparação com o aluguel de longo prazo. Flexibilidade para o proprietário alternar entre arrendamento de curto e longo prazo.
Exemplo de Arrendamento de Curta Duração

5. Imóveis Modulares e Sustentáveis

São construções projetadas para serem rápidas, acessíveis e ambientalmente responsáveis, utilizando sistemas de pré-fabricação e materiais sustentáveis para minimizar o impacto ecológico. Esses imóveis permitem uma construção eficiente, onde as partes modulares são fabricadas fora do canteiro de obras e montadas no local, reduzindo o desperdício de materiais e o tempo de construção. Além disso, muitas dessas edificações incorporam tecnologias de eficiência energética, como painéis solares e sistemas de reaproveitamento de água, promovendo um estilo de vida mais sustentável e reduzindo a pegada de carbono dos ocupantes. Essa abordagem inovadora não só atende à demanda por habitação acessível, mas também reflete uma consciência crescente sobre a importância da sustentabilidade na arquitecura moderna.

Os projetos habitacionais modulares em regiões periféricas de Lisboa e Porto têm emergido como uma solução inovadora para enfrentar a crise de habitação e a escassez de moradias acessíveis. Essas unidades, que podem ser rapidamente construídas e adaptadas às necessidades locais, não apenas oferecem um lar a famílias em situação vulnerável, mas também promovem a revitalização de áreas esquecidas. Além disso, a natureza modular permite sustentabilidade e eficiência no uso de recursos, contribuindo para a criação de comunidades mais coesas e integradas, ao mesmo tempo em que se busca minimizar o impacto ambiental.

Exemplo de Imóveis Modulares e Sustentáveis

6. Parcerias Público-Privadas (PPP)

São acordos colaborativos entre o setor público e o privado, visando o desenvolvimento de habitações acessíveis e a melhoria de infraestruturas imobiliárias. Essas parcerias permitem que o governo aproveite a eficiência e os recursos do setor privado para enfrentar desafios na construção e manutenção de moradias, além de promover o desenvolvimento urbano sustentável. Em uma PPP, o setor privado pode ser responsável pelo financiamento, construção e operação dos projetos, enquanto o governo garante a regulação e, muitas vezes, o fornecimento de terrenos ou subsídios. Essa coesão resulta em soluções inovadoras e eficazes para atender à demanda por habitaçãо, melhorando a qualidade de vida das comunidades e estimulando o crescimento econômico.

  • Foco: Criação de habitação social e acessível.
  • Benefícios:Incentivos governamentais, como terrenos subsidiados. Redução de riscos para os investidores privados.
Exemplo de Parcerias Público-Privadas (PPP)

7. Mixed-Use Developments (Empreendimentos de Uso Misto)

Empreendimentos de Uso Misto são projetos que integram residências, espaços comerciais, escritórios e áreas de lazer em um único espaço, promovendo uma convivência dinâmica e sustentável. Essa abordagem multifuncional visa criar comunidades vibrantes onde os moradores podem viver, trabalhar e se divertir sem a necessidade de longos deslocamentos, contribuindo para a redução do tráfego e da poluição. Ao reunir diferentes usos em um só lugar, os empreendimentos de uso misto também estimulam a interação social, incentivam o comércio local e proporcionam uma qualidade de vida aprimorada. Além disso, essa forma de desenvolvimento urbano tende a ser mais eficiente em termos de uso do solo, promovendo um planejamento mais inteligente e sustentável em ambientes urbanos.

Os projetos de desenvolvimento urbano no Parque das Nações, em Lisboa, integram habitação, escritórios e áreas de lazer, criando um ambiente multifuncional e dinâmico. Esse conceito promove a convivência entre diferentes segmentos da população, facilitando o acesso a serviços e espaços de convívio social. A proposta inclui a construção de residências modernas, espaços de trabalho colaborativos e zonas verdes para lazer, contribuindo para um estilo de vida equilibrado e sustentável. Essa abordagem não só valoriza a área, mas também reforça o papel de Lisboa como uma cidade inovadora e atraente para residentes e visitantes.

Exemplo de Mixed-Use Developments (Empreendimentos de Uso Misto)

8. Fractional Ownership (Propriedade Fracionada)

Um modelo de investimento no qual várias pessoas adquirem uma fração de um imóvel, permitindo que compartilhem os custos de aquisição e manutenção, e tornando o acesso a propriedades mais acessível e viável. Este conceito é comumente utilizado para imóveis de férias, em que os proprietários podem usar a propriedade durante períodos específicos do ano ou alugá-la quando não estão utilizando, gerando uma fonte de renda. A Propriedade Fracionada oferece aos investidores a oportunidade de diversificar seu portfólio de imóveis sem a necessidade de arcar com o valor total de um imóvel, promovendo uma utilização mais eficiente dos recursos e um compromisso menor em termos de tempo e manutenção. Além disso, este modelo pode facilitar o acesso a imóveis de maior valor, democratizando a propriedade imobiliária.

  • Foco: Investidores internacionais e turistas de luxo.
  • Benefícios:Redução do custo de aquisição para os compradores. Maximização do uso de imóveis de alto valor.

Exemplo de Fractional Ownership (Propriedade Fracionada)

9. Expansão Vertical em Centros Urbanos

Construção de edifícios altos em áreas densamente povoadas, visando otimizar o uso do espaço urbano e atender à crescente demanda por habitação e serviços. Este modelo de desenvolvimento oferece diversas vantagens, como a maximização do espaço disponível em relação à área do solo, a redução da sprawl urbana e a criação de ambientes multifuncionais que incorporam residências, escritórios e comércio em um único local. Além disso, a construção vertical contribui para a revitalização de áreas urbanas, facilita o transporte público e proporciona uma maior densidade populacional, favorecendo a sustentabilidade e a convivência social. Contudo, esse tipo de expansão também enfrenta desafios, como a necessidade de infraestrutura adequada e a preservação do equilíbrio entre construção e áreas verdes.

Os novos edifícios residenciais em Lisboa e Porto estão a emergir com um foco na eficiência espacial, projetados para maximizar o uso inteligente dos espaços disponíveis. Esses desenvolvimentos incorporam layouts inovadores que otimizam a área útil sem comprometer o conforto e a funcionalidade, promovendo a vida em ambientes urbanos onde o espaço é cada vez mais valioso. Com características como open spaces, varandas integradas e áreas comuns, esses edifícios não só atendem à crescente demanda por habitação, mas também promovem um estilo de vida moderno e sustentável, incentivando a convivência e a utilização inteligente dos recursos.

Exemplo de Expansão Vertical em Centros Urbanos

10. Living as a Service (Laas)

Um modelo habitacional inovador que integra o aluguel de residências com uma variedade de serviços adicionais, como limpeza, academias, espaços de coworking e eventos sociais, criando uma experiência de vida mais conveniente e comunitária. A proposta visa atender às necessidades dos moradores modernos, que buscam não apenas um espaço para viver, mas também uma ampla gama de serviços que promovam conforto, produtividade e interação social. Essa abordagem facilita um estilo de vida mais flexível e dinâmico, especialmente entre jovens profissionais e pessoas que preferem evitar os encargos da manutenção de uma residência tradicional. Além do mais, o modelo Laas fomenta a criação de comunidades mais engajadas, proporcionando oportunidades de networking e socialização, enquanto os residentes desfrutam da conveniência de serviços integrados em suas rotinas diárias.

  • Foco: Jovens profissionais e expatriados.
  • Benefícios: Aumento do valor agregado para os inquilinos. Redução de taxas de vacância.
Exemplo de Living as a Service (Laas)

A expansão do mercado imobiliário em Portugal é marcada por modelos inovadores que atendem às necessidades de flexibilidade, sustentabilidade e acessibilidade. Investidores e desenvolvedores que adotam esses modelos estão melhor posicionados para capturar oportunidades em um mercado competitivo e em constante evolução.

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